O Banco Central é uma autoridade nacional que tem como função principal conduzir a Política Monetária de uma economia. Tal atividade é realizada por meio do controle de liquidez no sistema financeiro. Suas principais ferramentas são: a reserva compulsória que determina a quantidade de dinheiro que os bancos comerciais devem depositar no Banco Central; as operações em mercado aberto ou open Market que consiste na compra e venda de títulos com os bancos comercias – nesse sentido, o banco determina o grau de liquidez no mercado bancário conjuntamente com a taxa básica de juros da economia, sendo essa o preço dos títulos.
Ao definir a taxa básica de juros de uma economia o Banco Central assume também o compromisso de manter a meta de inflação e de garantir níveis aceitáveis de emprego. Tal decisão implica no que os economistas chamam de trade off uma vez que uma variação positiva da taxa de juros reduz a liquidez na economia, controlando a inflação, mas ao mesmo tempo refreando a atividade econômica podendo reduzir o nível de emprego. Por outro lado, uma queda na taxa de juros implica no aumento de liquidez na economia, aquecendo as atividades econômicas e gerando emprego, mas ao mesmo tempo promovendo pressões inflacionárias.
A decisão tomada pelo Banco Central irá se configurar como Política Monetária, tendo caráter expansionista toda decisão que visa o aumento da moeda em circulação, e um caráter contracionista quando o objetivo é reduzir a liquidez da economia. Tal exercício atribui à autoridade máxima monetária o dever de promover a estabilidade da moeda e de manter o nível de emprego.
Apesar de serem instituições separadas, as decisões do Banco Central podem ser influenciadas pelo governo vigente e sua equipe econômica.
O Banco Central dos Estados Unidos, conhecido como Federal Reserve System (FED), embora se comporte como qualquer outra autoridade nacional independente, possui uma importância fundamental no comportamento dos demais Bancos Centrais e no grau de liquidez mundial. Isso se deve à sua livre manutenção com o dólar, moeda que representa os meios de pagamento de qualquer transação internacional, e também na capacidade de mudar a dinâmica da economia americana – maior economia do mundo.
Por emitir títulos lastreados em dólar, a taxa de juros americana é sempre orientação de todos os outros Bancos Centrais, uma vez que por não possuir risco, representa a rentabilidade mais segura do mundo. Nesse sentido, a rentabilidade de um título de um determinado país é representada pela diferença entre sua taxa de juros frente a americana (livre de risco), tal diferença também é conhecida como spread.
As definições das políticas monetárias do FED são determinadas pelo Federal Open Market Comittee (FOMC), um comitê que reúne 8 vezes ao ano para definir a taxa de juros básica da economia americana.
Levy William
Comentarios