A origem da palavra é do inglês que significa cerca, barreira, ou como verbo significa segurar, limitar. A ideia de limitar se mantém quando falamos de hedge em investimentos, que nesse caso é uma estratégia utilizada para proteger o capital, ou seja, restringir as variações.
Para melhor entendimento vamos usar o exemplo de uma empresa importadora. Nossa empresa importadora fictícia “Imports” tem seu fornecedor vendendo em dólar mas o consumidor comprando em real. Isso significa que se o dólar ficar mais caro, os seus custos aumentarão e suas receitas não acompanharão a variação, gerando prejuízo. Agora vamos supor que essa empresa importou 1 mil reais, com a cotação do dólar a 4,00 reais, que serão pagos em um mês, ou seja, essa empresa tem uma dívida de 4 mil reais. Caso o financeiro da “Imports” tenha aversão ao risco da dívida em dólar subir, ela tem a opção de fazer hedge cambial, firmando um contrato com um terceiro a trocar os dólares na cotação de 4,00 reais daqui a um mês. Isso significa que se o dólar subir para 4,20 reais, a dívida da empresa não subirá, porém em alguns tipos de contratos, se o dólar cair a 3,80 a empresa ainda é obrigada a pagar o preço do contrato, ou seja, ela abre mão de um possível benefício para diminuir o risco negativo.
Nos investimentos do mercado financeiro existem vários tipos de hedge que se utilizam de diferentes produtos de investimento como swaps, contratos futuros e opções. Seja na sua empresa ou nos seus investimentos, o hedge pode ser uma ótima ferramenta na hora de reduzir os riscos da sua operação.
Marcos Bastos
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